The days I wonder

Cara, que saudades do tempo dos blogs! Como era bom zapear por vários textos e páginas com layouts estranhos e coisas desordenadas, cursores personalizados, glitter e muitos gifs espalhafatosos. Comentários verdadeiros, posts sinceros, coisas remotas e ocultas, trocas de visitas, amigos leitores, a expectativa sobre o que iria encontrar ao clicar em "próximo blog".
Tudo bem, blogs assim ainda estão por aí (estão, não estão? não espalhafatosos, mas sinceros), porém está cada vez mais difícil de encontrá-los.
Não me culpem pela nostalgia aqui transbordante, mas sempre tratei isso aqui como um diário. E talvez seja por esse motivo que nunca me acostumei a escrever muito - ainda é difícil compartilhar meus sentimentos e ideias.
Sim, essa pode ser a introdução de um retorno. Um retorno ao meu diário aberto e aos leitores fantasmas, ou mesmo um público inexistente. A verdade é que eu nunca me fui e sempre passo por aqui pra dar uma lida em mim mesmo. Sou eu meu próprio público e é para mim que escrevo.
A cada nova visita nesse acúmulo de impressões pessoais, escritas ao longo de vários anos, noto o tanto que mudei e o tanto que permaneço o mesmo. O mais importante, contudo, é a paz que nutri a mim mesmo. Não raro minhas visitas nesse espaço culminavam com o desaparecimento de uma postagem antiga, sumiço de traços ou pensamentos meus que eu achava serem bobos e insignificantes - ou até mesmo embaraçosos demais para serem compartilhados. Hoje, leio o que escrevi a anos atrás e aceito minha história, respeito minhas escolhas (foram elas que me moldaram e não sinto vergonha alguma em ser quem sou).
Metade dessa postagem, inclusive, esteve em rascunho por mais de um ano.
Um abraço pra mim mesmo e aos meus fantasminhas!

Da janela à minha direita



 Passam as luzes como que fossem partículas de pó a serem aspiradas. Meu mundo acelera, agora posso distinguir os emissores luminosos: faróis vermelhos, brancos, neons.

Sinal vermelho.
 O olhar no vidro escuro que acaba de aproximar-se é rapidamente desviado ao perceber que em pouco tempo virá resposta. Ao virar, então, a nova visão: faixas brancas no asfalto e sapatos a estalar.

Sinal verde.
 As luzes iniciam novamente sua antiga corrida, e como exemplo o meu olhar volta-se mais uma vez a fitar o que ocorre através da janela à minha direita. Ver essas cores luminosas a correr ao lado é como observar qualquer cena através das hélices de um ventilador, tal é a velocidade com que os carros cortam minha visão.

Sinal vermelho.
 O mundo para em minha rota; do lado esquerdo, as luzes fogem do meu destino tomando sentido contrário.

Chove.
 Tudo toma nova forma. Através do vidro molhado nada é definido e posso imaginar um novo curso, mundo e possibilidades. Apesar das incertezas trazidas por essa visão inconstante, em meu âmago sinto que é um presságio de mudança. Não. A certeza, o lembrete de que a única verdade é a mudança e o porvir.

Nuvem

Prefiro não caber em definições.
Prefiro ser uma metamorfose ambulante; ser o que o momento de exploração me permite ser; ser o que faço, no momento em que faço; não ser eterno e invariável; não ter medo de transpassar a linha.
Prefiro ser terno; ser amigo; ser eu mesmo, e, mesmo assim, não caber em definições.
Definir é limitar.
Quero ser uma aquarela; a tinta na água. Quero ser a água a diluir a tinta. Quero unir-me. Quero evaporar. Quero chover.
Quero ser feliz, e, fatidicamente, ser triste também.
E não quero caber em definições.
Eu quero ser tudo; ser nada; ser um sentimento de independência; ser dependente de amor; ser livre e prisioneiro ao mesmo tempo.
Eu quero transitar. Transitar e não caber em definições.

 

Quem quer se reescrever

{Fonte: Vou de Balão}

Voltar no tempo, ter nascido em outra época, em outro país, ter uma personalidade diferente, ser diferente, ou até - veja só - viver em outro mundo.
É certo que não sou o único a ter pensado em coisas desse tipo - e até desejado essas coisas. Sei também o porquê de não as ter concretizado.
Sim, creio que seja possível tornar tudo isso realidade. Entretanto, para tal, seria necessário desprender-se de tudo que lhe mantém onde você está - e como está. Precisaria recusar todo o amor a que lhe é oferecido; negar as suas conquistas e sonhos; tornar-se neutro e livre de amarras. Afinal, quem você é - e como está - é uma condição das suas escolhas; o que você fez e os caminhos que seguiu tornou-o em quem você é agora - sem esquecer, claro, da ajuda do acaso -, e para ser “outro“ todas essas escolhas devem ser ignoradas e toda a experiência apagada: só assim pode haver a completa transformação (pois só um recipiente 'vago' pode acolher tamanha mudança).
Todavia, a mudança de “ser “, creio eu, acarretaria em alguns males. Ou, pelo menos, os riscos de um mal acontecer seriam grandes.
Talvez seja por isso que estamos sempre nos agarrando a novos amores; formando laços, ou melhor, formando nós - que nos mantem presos a quem somos e a quem conhecemos - a todo momento. Uma defesa da nossa existência.
Eu aceitei a condição de ser quem sou. Vou transitar em escolhas e ser eu mesmo. Não serei igual sempre, mas também não estou disposto a ser “outro“.

Vivamos!

Conhecendo o Blogueiro



Fui indicado pela Nathy para responder a esta TAG - que demorei séculos para responder!

Escrever 11 coisas sobre mim:

1- Tenho um grande carinho por blogs pessoais escritos por pessoas que gostam de compartilhar novas descobertas.
2- Meu novo passatempo é procurar trilhas sonoras de filmes.
3- Não sei manejar muito bem uma conversa forçada.
4- Prefiro chocolate meio amargo/amargo.
5- É comum eu rir quando estou nervoso.
6- Eu imponho prazos para postagem em notas mentais, mas não dá muito certo.
7- Se há uma aranha em meu quarto eu custo a dormir.
8- Sou um ótimo ouvinte.
9- Quando estou concentrado fazendo alguma coisa é necessário que gritem meu nome para que eu "desperte".
10- Sou muito indeciso. É horrível. Às vezes, quando vou atravessar a rua, penso tanto que corro para o outro lado quando o automóvel está próximo. Não, não quero cometer suicídio.
11- Deixei esse post em rescunho durante sete dias.

Responder 11 perguntas de quem te indicou:

1. Por que criou um blog? Para compartilhar algumas descobertas/experiências, escrever sobre meu mundo, expor ideias, gostos.
2. Se inspira em alguém? São tantas influências: pessoas, acontecimentos... Mas, no fim, o que faço vem de mim mesmo.
3. Cor predileta. Azuis e Verdes.
4. Acredita em Acaso ou Destino? Não, mas acredito que todos que cruzam nosso caminho - ou a cada nova descoberta - nossas escolhas sejam influenciadas.
5. Se o mundo acabasse hoje o que você faria antes disso? Gostaria de estar parto das pessoas que amo. E comeria até explodir, haha.
6. Livro predileto. Submarino (Joe Dunthorne).
7. Que tipo de música você curte? Essa é fácil! Meus gêneros musicais preferidos são: Folk, Indie Folk, Folk Rock, Indie Rock, Indie, MPB (Nova MPB <3), Experimental.
8. Família ou amigos? Amigos, pois também incluem-se familiares nesse grupo (:
9. Sorvete ou Pizza? Pizza.
10. Amor ou amizade? Amizade, inclui amor no pacote <3
11. Qual a sua definição de felicidade? Quando compartilhamos verões em forma de sorrisos.

Fazer 11 perguntas para os indicados da TAG:

1- Quais são seus meses preferidos?
2- Quais os blogs que mais gosta?
3- Um lugar ao qual deseja muito conhecer.
4- Uma citação.
5- Que música expressaria melhor teu estado de espírito neste momento?
6- Um filme que te fez chorar - ou muito perto disso.
7- O que houve de mais legal nessa semana?
8- Algum blog, projeto, ou pessoa que te inspire - ou que você simplesmente ache sensacional.
9- Qual o perfil da 'pessoa perfeita'?
10- Qual a primeira imagem que vem à sua mente quando vê a palavra "despertar'?
11- Um ideia para concluir nesse ano.

Indique 11 blogs para responder a essa TAG:

Todos que quiserem responder a essa TAG podem responder. Depois deixem o link do post aqui nos comentários para eu dar uma olhadinha (:

Até!
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